Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, Sete Quedas é o único em que todos os domicílios responderam ao questionário do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, a taxa de não resposta no município é de 0,00%. Isto significa que todos os 3.668 domicílios visitados responderam ao formulário.

Em seguida, Japorã aparece em 2º lugar, com 0,16% de taxa de ‘não resposta’. Das 2.492 residências visitadas, 4 não concederam entrevista.

Aral Moreira (0,27%) ocupa o 3º lugar no ranking entre as menores taxas de ‘não resposta’. Dos 3.370 domicílios visitados, 9 não responderam ao questionário.

Campo Grande (5,46%) é o município de MS com a maior taxa. Das 325.750 residências visitadas, 17.794 não concederam entrevista.

Em Mato Grosso do Sul, estima-se que 107.369 pessoas não foram recenseadas. Quando isso acontece, usa-se a técnica de “imputação estatística”.

No domicílio o qual há morador, mas não foi possível encontrá-lo, são imputados dados semelhantes aos dos domicílios de mesmas características pertencentes à mesma região. Esta técnica é usada em todo o mundo como nas pesquisas domiciliares amostrais.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul é o 4º estado do Brasil com a maior taxa de ‘não resposta’, com índice de 4,21%. Já o percentual de recusa é de 0,51%.

Ou seja, durante a visita do recenseador ao domicílio, não havia ninguém em casa em 4,21% das residências e 0,51% dos domicílios se recusaram a responder o questionário.

Os números foram apresentados durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (28), pelo supervisor de disseminação de informações, Fernando Galina; coordenadora de divulgação do censo em MS, Elenice Cano e coordenadora do censo em Campo Grande, Sylvia Assad. 

Recenseador é o profissional responsável pela coleta de dados por meio de entrevistas com os moradores para o censo demográfico.

O recenseador vai até a casa da pessoa e faz dois tipos de questionários: o básico, com 26 perguntas, que leva 5 minutos e o ampliado, com 77 perguntas, que leva cerca de 16 minutos.

As perguntas englobam os seguintes assuntos: identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade, trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.

De acordo com a coordenadora do censo em Campo Grande, Sylvia Assad, as principais dificuldades encontradas durante o recenseamento foram percorrer o Pantanal, local de díficil acesso; insegurança na região fronteiriça; população concentrada em condomínios e prédios; fake news e falta de recenseadores.

“Sozinho o IBGE não conseguiria percorrer todo esse território. A gente precisa de muito conhecimento técnico, precisa de veículos adequados, precisa de parcerias com outras entidades para fazer a coleta dessa região pantaneira”, afirmou a coordenadora sobre o Pantanal.

“A gente precisa primeiro conseguir a liberação dos síndicos, para que a gente acesse o condomínio. Os condomínios têm horários de funcionamento, muitas vezes a gente não consegue falar com o morador, explicar para o morador o que a gente está fazendo ali”, disse Sylvia sobre moradores de condomínios. 

Segundo dados do IBGE de 2022, Sete Quedas, cidade localizada a 472 quilômetros de Campo Grande, tem 10.994 habitantes. O número é 1,9% maior em relação a 2010, quando o município tinha 10.780 moradores.

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